Sarney convocou as eleições para nomear a nova diretoria da CBF para o próximo dia 25 (domingo). Por meio de um comunicado, o interventor informou que, além do presidente, também serão definidos oito vice-presidentes, três membros efetivos e três membros suplentes do Conselho Fiscal.
Ednaldo, contudo, alega que as eleições ocorrerão três dias antes da data definida pelo STF para o julgamento de seu caso, marcado para o dia 28 (quarta-feira), e que, por este motivo, o pleito deveria ser imediatamente suspenso.
"Ocorre que o Supremo Tribunal Federal designou o dia 28 de maio de 2025 para o julgamento definitivo desta Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 7.580/DF, cujo objeto central é justamente a validade da eleição realizada em março de 2022, que resultou na posse do atual presidente Ednaldo Rodrigues", informa um trecho da petição.
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"A realização de novo pleito apenas três dias antes do julgamento definitivo desta Corte representa, portanto, não apenas afronta à autoridade jurisdicional do Supremo Tribunal Federal, mas sobretudo grave risco de nulidade superveniente, com consequências institucionais irreparáveis", completa a petição.
A petição ainda diz que as eleições podem causar "consequências institucionais irreparáveis" e que "comprometeria a governança do futebol brasileiro", por conta de um possível "quadro de duplicidade de mandatos e disputas paralelas pela presidência da entidade".
Entenda o caso
Ednaldo Rodrigues foi destituído do cargo de presidente da CBF na última quinta-feira, pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, presidente da 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
O desembargador definiu Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da gestão de Ednaldo, como interventor para convocar novas eleições na entidade máxima do futebol brasileiro.
O próprio Fernando Sarney e a deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) pediram ao STF pelo afastamento de Ednaldo, sob a suspeita de uma suposta falsificação da de Coronel Nunes no acordo homologado pelo STF ainda neste ano, que legitimou a eleição de Ednaldo Rodrigues em 2022.
O ministro Gilmar Mendes, no entanto, negou o pedido de afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF e enviou o caso ao TJ-RJ, que destituiu Ednaldo do cargo.